quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dois antigos

Mais escuridão ao longo do túnel

“De repente, não mais que de repente”. Escuridão. É aí. É na escuridão que vemos o brilho dos olhos das pessoas; é na invisibilidade que tudo se torna visível. Raios de verdade a invadir a treva ilusória. Uma coroa de mentira é o que se vê. Uma majestade falsa, visível que ninguém vê. Ainda escuro... De repente, luz. Continuava escuro, mas era aí que eu via mais e mais. Tudo se mostrava. Em golpes de epifania.
Ah, voltou a luz. Todos repuseram suas máscaras. Não era assim em tempos de cegueira branca.
 (15/03/10)


Ignoto
E, pelo jeito, essas linhas serão o máximo de confissão que eu conseguirei externar. É que essa coisa que eu sinto me dói e me faz pesado. Eu não sei explicar... é bom, é leve e agradável pensar nisso, mas “a coisa” me fere sempre que eu percebo que não poderei te dizer essa verdade. Ela me agita. Não sei como se chama, nem sei descrevê-la sem ser vago, mas acho que não é nada conhecido. Não é amor. Amor a gente só sente no último minuto, quando está perdendo. Até então, o que se sente é... É isso que está me ferindo agora e que não sei o nome.
(02/08/10)

sábado, 23 de julho de 2011

Que o breve
seja de um longo pensar;


Que o longo
seja de um curto sentir;


Que tudo seja leve
de tal forma
que o tempo nunca leve...

- Alice Ruiz
Vivendo, se aprende; 
mas o que se aprende mais, 
é só a fazer outras maiores perguntas.
- Guimarães Rosa

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Quero

Quero...
Longe, como está. 
Perto, como eu quis. 
Feliz, como eu sonhei.
Triste, como eu fico.
Oníricos, como já somos.
Reais, como quero.




- Depois de anos consegui criar algo novo. Tenho outro texto novo que fiz escrevi há um tempo, mas a preguiça não me deixa passá-lo pro pc. Mas esse saiu, hoje mesmo. Tá quentinho :)

Caio, pare de me entender.

‎"Tô exausto de construir e demolir fantasias. 
Não quero me encantar com ninguém."


- Caio Fernando Abreu