Mais escuridão ao longo do túnel
“De repente, não mais que de repente”. Escuridão. É aí. É na escuridão que vemos o brilho dos olhos das pessoas; é na invisibilidade que tudo se torna visível. Raios de verdade a invadir a treva ilusória. Uma coroa de mentira é o que se vê. Uma majestade falsa, visível que ninguém vê. Ainda escuro... De repente, luz. Continuava escuro, mas era aí que eu via mais e mais. Tudo se mostrava. Em golpes de epifania.
Ah, voltou a luz. Todos repuseram suas máscaras. Não era assim em tempos de cegueira branca.
Ignoto
E, pelo jeito, essas linhas serão o máximo de confissão que eu conseguirei externar. É que essa coisa que eu sinto me dói e me faz pesado. Eu não sei explicar... é bom, é leve e agradável pensar nisso, mas “a coisa” me fere sempre que eu percebo que não poderei te dizer essa verdade. Ela me agita. Não sei como se chama, nem sei descrevê-la sem ser vago, mas acho que não é nada conhecido. Não é amor. Amor a gente só sente no último minuto, quando está perdendo. Até então, o que se sente é... É isso que está me ferindo agora e que não sei o nome.
(02/08/10)