sábado, 16 de abril de 2011

Entre um gole e outro

(Mais um dos velhos)


Entre um gole e outro
Entre um gole e outro, percebeu que nada fazia sentido. O álcool que rasgava sua garganta fazia-a ver que a dor tinha cor. Era uma cor amarga; rasgava a garganta, um som estridente. Não sabia se de dentro ou de fora, só sabia que ouvia, sentia. Era amargo, como veneno. A dor, que coisa insuportável. Mas foi com ela que aprendeu a distinguir, a superar. A ressaca, depois da bebedeira, te faz não querer beber mais. São os tombos na estrada que te fazem passar uma segunda vez sem tropeçar. Ela aprendeu. Aprendeu também que o sonho também é pesadelo, é o remédio que se faz veneno. Esse sonífero que ela toma faz relaxar, fugir da dor (e do aprendizado). Uma aprendizagem ou um prazer?
(15/03/10)

terça-feira, 5 de abril de 2011

I'm back!

Cá estou eu novamente, né. Já que essa faculdade está consumindo todos os meus neurônios nem tive tempo de escrever algo novo :( mas vou voltar a postar aqui, por enquanto, textos velhos que eu ainda não havia postado.
Sejam bem vindos mais uma vez.

Sonhos
Era tudo lindo e agradável: sonho do amanhã. Esse meu futuro onírico sempre visita minha mente e faz parte de mim. Mas dói. Não o sonho em si, mas a certeza de que tudo que eu sonho, desejo sinceramente, não se concretiza, não se realiza. Acontece que eu não consigo evitar. Ele vem e fica, e eu aceito. Dói, mas eu quero, eu sonho. Apesar de saber que não vai acontecer, ainda espero o dia em que todos esses meus devaneios oníricos de minha maior lucidez irão “se acontecer”. E eu não vou suportar.
(01/08/10)