segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fugere...

Olá, pessoal. Agora que começará uma nova rotina na minha vida, não desfrutarei de tanto tempo pra postar aqui. Muito menos, pra escrever novos ADs :(  Portanto, qualquer tempinho que tiver, virei e postarei algum AD velho que tenho aqui, guardado.
Então, é isso. Não é uma despedida, é só um intervalo. Ok? 
Carpe diem.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Entre

Era tudo ponta
Ou começo, ou fim
Se não era um não,
Só podia ser sim.

Não havia um elo
Não havia verde,
Seria só azul,
Ou só amarelo.

Mas eu vi que não podia
Tudo se explicar por uma só via,
Que entre dois extremos
Havia uma infinidade de pontos,

Que não havia só uma resposta certa
Que todo mundo erra
E, entre o Céu e o Inferno,
Havia a Terra.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Que seja

When there's no space enough inside you, you need another selfÉ que a vida é demais pro nosso pequeno entendimento. Ela requer mais espaço. É aí que você se projeta em outras formas de ser. Para cabê-la em si, para caber-se em si, para saber se é assim. Mas não adianta o quanto você tenta se repetir, não sai nada além do que já havia. E aquela coisa que chamamos de sabedoria só nos vem em horas oportunas – ou inoportunas à nossa medíocre maneira de ver as coisas. Repete-se demais e acha que é hora de acabar. Mas não se engane, quando isso acontece – quando você tenta ser mais para saber mais e acha que não é capaz – é porque o jogo está só começando. Haverá uma luta. Será “o você” contra o seu eu. E não haverá fim, nem com o fim. O seu fim será o encontro de uma resposta pra suas perguntas que jamais ousaram ser feitas. E não haverá espectadores, pois o que não envolve mais de um não atrai interesse. Não para outro além desse um. E esse um, que no momento é uma luta de dois, saberá o que não foi dito pelas bocas imundas que falavam o que achavam que sabiam, mas na verdade, não sabiam se falavam o que realmente achavam. Pois que será assim. E eu digo, não em tom de profecia, mas em tom de esperança. Que seja dita a verdade cabível a nós. Que seja sabida a verdadeira verdade quando não for tarde demais. Que seja sentida.

(meu primeiro AD escrito em 2011 :D os últimos foram escritos ainda em 2010- e a parte em inglês não é excerto de outro texto, faz parte do AD)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sopro leve de um aragem fria


Brisa fria e leve
Não me leve
(Antes de minha obra se findar)
Nessa onda devagar
Por onde almas errantes
São condenadas a vagar

Minha alma será tua
Oh, tão fria criatura
Ao último passo meu dado
Ao último inaudível brado
Tu, meu suspiro, ouvirás

Será triste ou alegre? Aliás
Não me leve
Se minha obra inacabada eu deixar
Se, por acaso, o fizer
Faz favor de acabar
Não deixe lágrimas aos meus
Somente o riso da lembrança do meu eu

Abre-te, Sésamo
Meu corpo ouvirá
E minh’alma, em voo mudo,
Partirá.